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quinta-feira, julho 29

Franquia no setor de alimentação

Para investir no segmento, um dos requisitos essenciais é a afinidade com esse tipo de negócio

Da Redação

Para que alguém seja um investidor bem-sucedido de uma franquia de alimentação, é preciso ter um perfil empreendedor e dinâmico, além de possuir afinidade com o segmento e a marca escolhida, bem como condições para analisar o mercado e dedicar-se pessoalmente ao negócio.
O setor é subdividido em diversos segmentos, entre os quais a culinária de determinado país ou região, sanduíches, pizzas, pratos prontos ou por quilo, bares e restaurantes, instalados em quiosques e lojas - seja nas ruas, supermercados ou shoppings centers.
A identificação com o segmento é um requisito básico na hora de escolher a marca e o ramo de atuação. “Primeiro, é preciso gostar e depois, entender. Se for um grupo de investidores, é necessário que pelo menos um deles tenha experiência em gestão e administração contábil, compras e estoques, bem como disposição para organizar esses aspectos”, ressalta Delfino Golfeto, presidente da Água Doce Restaurantes – rede com mais de 100 estabelecimentos dedicados à culinária nacional.
Para ele, o ideal é que o franqueado possa se dedicar integralmente e, no caso de ter mais de uma franquia, contar com profissionais de inteira confiança, tendo o cuidado de controlar e supervisionar o trabalho deles.
O empresário sugere ainda que, em sua busca, o investidor analise e elimine marcas a partir de pesquisas de mercado, que constatem a saturação, por exemplo, levando em conta o seu gosto pessoal.
Entre as opções que restarem, ele recomenda que se pesquise o histórico da franquia, seu renome, tradição, número de unidades e profissionalismo. “Cadastro, premiação e selos de excelência concedidos pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) ou institutos de análise de mercado também são fatores importantes. Visitar as lojas, avaliando pessoalmente a satisfação dos franqueados, é outro requisito essencial”, destaca.
Após essa etapa, Golfeto orienta o candidato a franqueado a analisar o novo negócio sob o aspecto financeiro, tanto de investimento quanto de lucro, além do suporte oferecido pelo dono da franquia. “É preciso saber se os valores ‘cabem no bolso’ e ter consciência de que hoje, no nosso ramo, a margem de lucro máxima é de 20%, dadas as exigências tributárias. Quanto ao suporte, novamente recomendo apurar a exatidão das informações transmitidas, a partir de pesquisa entre franqueados”, adverte.
Apesar de tudo isso, segundo ele, as vantagens são inúmeras. “Pesquisas comprovam que a mortalidade entre empresas baseadas em franquias é muito mais baixa do que aquelas que nascem desapegadas de projetos e marcas já enraizadas. O franqueador tem know-how (habilidade) e experiência em transpor barreiras e dificuldades”, afirma.
Dicas para quem quer investir
– Identificar-se com o segmento, a marca e o produto;
– Gostar e ter habilidade em lidar com pessoas – sejam clientes, fornecedores ou funcionários;
– Analisar diversas marcas sob o ponto de vista de mercado e afinidade;
– Pesquisar histórico, tradição e solidez, junto à ABF e revistas de negócios;
– Visitar unidades, conversando com franqueados e funcionários, para avaliar grau de satisfação;
– Analisar suporte oferecido e benefícios, inclusive em relação ao ponto. Checar esses itens entrevistando franqueados também é essencial;
– Exercer atividade nessa área exige estar em linha com toda a legislação referente à higiene, qualidade e segurança alimentar;
– Ter consciência de que muitas vezes trabalhará nos horários tradicionalmente de lazer das pessoas;
– Buscar conhecimentos na área de gestão e dedicar o maior tempo possível à administração/supervisão do negócio;
– Dispor de valores superiores aos exigidos para o investimento, tendo consciência do prazo de retorno e de eventual margem de lucro baixa, principalmente no início.

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